Você sabe como surgiu e qual é a história do canivete suíço? Não? Então, eu também não sabia. E foi justamente por isso que resolvi criar este artigo, contando uma breve história do canivete suíço .
Canivete suíço: Tudo pelo patriotismo
Foi quando decidiu vender tudo que tinha e fundar (junto com outros sócios) a Associação de Cuteleiros Suíços, a qual tinha como objetivo criar e fornecer canivetes para o exército suíço, com o intuito de tirar o exército da dependência alemã.
Sete anos depois, em 1891, a Associação lançou seu primeiro de lote canivetes. Porém, as empresas alemãs ainda conseguiam produzir um equipamento de maior qualidade a um preço mais baixo. Logo, o governo suíço não comprou os canivetes da Associação.
Esse ato baixou a moral dos sócios e fez com que praticamente todos os sócios deixassem o negócio, bem como a maior parte dos cuteleiros. E assim se acabará toda a fortuna de Karl.
Porém, ele não desistiu e continuou produzindo canivetes sozinho, e focou suas energias nos canivetes multi-funções. Como o Canivete do Estudante e o Canivete do Fazendeiro, por exemplo.
Persistência
Com muita insistência e dois anos de trabalho duro, Karl conseguiu ganhar algum espaço no mercado de canivetes multi-funções. E foi quando surgiu uma segunda empresa de cutelaria na Suíça, a Paulo Boechat & Cia, que vendia um produto similar.
Três anos mais se passaram, até que a Paulo Boechat foi comprada por seu gerente geral, o senhor Theodore Wegner (foto da direita), o qual rebatizou a empresa para Wegner.
Em 1897, depois de seis anos de trabalho, Karl registrou o projeto “Canivete para Oficiais”, que fez o sucesso da empresa e permitiu a Karl dobrar sua antiga fortuna.
Canivete dos oficiais
O Canivete para Oficiais possuía seis funções:
- Lâmina;
- Punção;
- Abridor de Latas;
- Chave de Fenda;
- Lâmina pequena;
- Saca rolhas.
Ainda assim, o exército suíço não adotou este canivete como armamento oficial. Porém, praticamente todos os militares da época possuíam um deste, comprando em lojas de cutelaria.
Com isso, Karl expandiu as vendas e popularizou seu canivete, vendendo inclusive para o exterior. Tudo isso custeava as inovações feita pela empresa, com o intuito de combater a concorrência que surgia no mercado, imitando seu produto. Dentre esta concorrência estava a Wegner.
Dois fabricantes nacionais
Finalmente, em 1908, o governo suíço resolveu aderir aos canivetes nacionais e passou a comprar metade dos canivetes de Karl e a outra metade de Wegner.
Os dois empresários fizeram um acordo, o qual permitia que Wegner utilizasse o slogan “O genuíno Canivete Suíço” enquanto Karl utilizava “Canivete Suíço Original”. Assim, em 1909, o governo suíço autorizou o uso da cruz suíça nos canivetes.
Quando a mãe de Karl morreu, ele resolveu rebatizar a empresa para Victoria. Nove anos depois, já em 1918, Karl veio a falecer e a empresa ficou sob os cuidados de seus filhos.
Em 1921, a ciência descobriu o aço inox, que facilitava e muito a vida das cutelarias, e foi quando a antiga empresa de Karl, chamada de Victoria, passou a se chamar Victorinox.
Victorinox Soberana
Em 2005, a Victorinox conseguiu comprar a rival Wegner e se tornar a única fornecedora de canivetes para o exército suíço, bem como registrar a marca “Canivete Suíço”, como exclusividade sua. Atualmente a empresa possui mais de 100 variações do canivete suíço, o qual é utilizado por vários exércitos ao redor do mundo, incluindo o dos Estados Unidos.
E aí, gostou da história? Já sabia disso? Tem algo a adicionar? Então deixe seus comentários nos campos abaixo e, claro, não se esqueça de compartilhar este artigo com os seus amigos no Facebook.